FOGO LENTO
pesquisa artística transdisciplinar

Imagem: Pedro Sardinha
Público-alvo: crianças dos 6-12 anos | Duração: 50 minutos | Lotação: até 150 pessoas
• A S T R A 8 •
s i n o p s e
Labai labai labai de aqui, labai distancieska, labai dopo nebulosis de gasieska cosmique,
labai dopo ofiúros negros deprofundis, labai dopo asteriscos e metoriskos, tim pim tim,
labai dopo... hai una planeta. Est una planeta bé estrangieska: una cospuscula intorno su
estelare que voltagira e danzandula e saltapula. Est impresionante, est eletrivivante, est
davero labai emulcionante.
Do! Una planeta nomeamata “Astra 8”.
Um espetáculo para crianças sobre o encontro com o diferente como motor da evolução.
Uma viagem onde a imaginação e a curiosidade abrem caminho para a criação de novos
mundos.
Pesquisa:
Em 1981, a bióloga norte-americana Lynn Margulis apresentou a teoria endossimbiótica, uma visão poética e revolucionária sobre a origem da vida. Segundo Margulis, a evolução não acontece apenas pela competição, mas sobretudo pela cooperação — pela capacidade dos organismos de se ligarem, partilharem e criarem juntos novas formas de existência.
A partir dessa ideia, a cientista introduziu o conceito de holobionte: um organismo que acolhe muitos outros, um ser plural onde o todo é mais do que a soma das partes. Margulis não falava de criaturas imaginárias, mas de todos os seres vivos da Terra, incluindo o ser humano.
Somos corpos habitados por outros corpos, em constante relação simbiótica com o que nos rodeia. O ambiente não é algo fora de nós — somos parte dele, entrelaçados numa teia de conexões invisíveis. Reconhecer essa interdependência é um convite a treinar a nossa pluralidade, a imaginar e a construir novas formas de estar em relação com o mundo.
Ficha artística: Coordenação artística, encenação e interpretação: Costanza Givone; Interpretação e co-criação: Clelia Colonna; Escrita do texto e apoio dramatúrgico: Alex Cassal; Objetos e figurinos: Svenja Tiger; Desenho de Luz e maquinaria: Rui Azevedo; criação e performance musical: Henrique Fernandes e Samuel Coelho; manipulação e produção:
Margarida Fragueiro; assistência de encenação: Raul Maia; vídeo e fotos: Zhang Qinzhe e
Pedro Sardinha;
Apoios: República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes;
Criatório da Câmara Municipal do Porto, Fundação GDA.
Co-produtores: FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto, Município de Loulé, Câmara Municipal de Pombal.
Residências Artísticas: Lugar/Palmilha Dentada; Lu.Ca; Fogo Lento/CAMPO; Sekoia;
Casa Varela; CRL-Central Elétrica, Teatro Municipal do Porto.
Parcerias: Associação de Pais da Escola do Campo 24 de Agosto; Galeria da
Biodiversidade do Porto, Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço; Colégio Nossa
Senhora de Lourdes; Escola básica Bom Sucesso.
Agradecimentos: Cristiana Vieira, José Manuel Grosso Silva, Maria João Fonseca, Paulo
Pereira, grupo de investigação do IA “ Deteção e caracterização de outras Terras” Marta
Cortesão, Afonso Mota, Isabel Sousa, Barbara Soares e Jennifer Peralta e Nuno Santos.
Oficina Corpo-planeta
“Não só o nosso intestino e as nossas pestanas são habitadas por bactérias e simbiontes animais, se olhares no parque os simbiontes são omnipresentes. Os trevos e as ervas daninhas têm bolinhas nas suas raízes. São bactérias que fixam o nitrogénio, essenciais para o crescimento saudável num terreno pobre em nitrogénio. E olha para as árvores, até trezentos diferentes simbiontes fúngicos, as micorizzas que notamos como cogumelos, entrelaçam-se com as raízes.
Somos simbiontes num planeta simbiótico, e se prestamos atenção, podemos encontrar simbiosi em todo o lado.”
Lynn Margulis, The symbiotic planet.
A partir de alguns dos elementos cénicos e dramatúrgicos do espetáculo, criámos uma encenação interativa pensada para salas não convencionais, que convida as crianças a refletir sobre as possibilidades que nascem do encontro e da cooperação.
O encontro como disponibilidade para acolher o diferente.
O encontro como observação, respeito e escuta.
O encontro como espaço para imaginar.
A ficção de uma viagem a um planeta distante torna-se um espelho para imaginar encontros extraordinários e refletir sobre como os conceitos científicos de simbiose, mutualismo e parasitismo podem ser aplicados em diferentes níveis de abstração — das relações entre seres vivos às formas como nos ligamos uns aos outros e ao ambiente que habitamos.
Assim, o imaginário científico transforma-se em linguagem sensível, permitindo às crianças explorar, através do jogo e da observação, as complexas teias de cooperação e interdependência que sustentam a vida.
Para mais informaçõs contactem-nos:
mail: fogolento.cultural@gmail.com telefone: 915951342(Costanza Givone)
As fotos presentes nesta página são de Pedro Sardinha e foram tiradas no FIMP 2025.












