FOGO LENTO
pesquisa artística transdisciplinar

Imagem: Pedro Sardinha
Público-alvo: crianças dos 6-12 anos | Duração: 50 minutos | Lotação: até 150 pessoas
• A S T R A 8 •
s i n o p s e
Labai labai labai de aqui, labai distancieska, labai dopo nebulosis de gasieska cosmique,
labai dopo ofiúros negros deprofundis, labai dopo asteriscos e metoriskos, tim pim tim,
labai dopo... hai una planeta. Est una planeta bé estrangieska: una cospuscula intorno su
estelare que voltagira e danzandula e saltapula. Est impresionante, est eletrivivante, est
davero labai emulcionante.
Do! Una planeta nomeamata “Astra 8”.
Um espetáculo para crianças sobre o encontro com o diferente como motor da evolução.
Uma viagem onde a imaginação e a curiosidade abrem caminho para a criação de novos
mundos.
Pesquisa:
Quando Margulis, no âmbito da teoria endossimbiótica, apresentou o conceito de holobionte (um organismo que hospeda muitos outros organismos, um ser plural onde o todo é mais do que o somatório das partes, graças às relações que se criam entre eles) não estava a falar de nenhum ser extraordinário, mas de inúmeros organismos terrestres, incluindo o ser humano.
Parece que a cooperação está estritamente correlacionada com a evolução, mas foi só há 40 anos atrás que a comunidade científica levou realmente a sério a possibilidade de acrescentar a cooperação —além da competição Darwinista— entre os mecanismos de sobrevivência e evolução dos seres vivos. Somos organismos que vivem em simbiose com outros, hospedando-os e, por vezes, retirando com isso proveito próprio. O meio ambiente não é exterior a nós, não há separação, mas infinitas ligações que nos tornam um todo com a natureza. A partir dessa consciência podemos treinar a nossa pluralidade e procurar caminhos para criar conexões sempre novas.
Acredito na importância de partilhar esta ideia com o público mais jovem, que por causa de um sistema escolar altamente competitivo, está cada dia a ser treinado para uma luta solitária e individualista pela sobrevivência.
Para construir uma sociedade feita de pessoas capazes de ter uma relação saudável e regenerativa com o meio ambiente e com os outros seres vivos, precisamos de começar pelo diálogo com as crianças, que têm muito para nos ensinar e relembrar sobre a capacidade de viver em comunicação com quem e com o que nos rodeia.
Ficha artística: Coordenação artística, encenação e interpretação: Costanza Givone; Interpretação e co-criação: Clelia Colonna; Escrita do texto e apoio dramatúrgico: Alex Cassal; Objetos e figurinos: Svenja Tiger; Desenho de Luz e maquinaria: Rui Azevedo; criação e performance musical: Henrique Fernandes e Samuel Coelho; manipulação e produção:
Margarida Fragueiro; assistência de encenação: Raul Maia; vídeo e fotos: Zhang Qinzhe e
Pedro Sardinha;
Apoios: República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes;
FIMP; Criatório da Câmara Municipal do Porto, Município de Loulé, Casa Varela/Câmara
Municipal de Pombal, Fundação GDA.
Residências Artísticas: Lugar/Palmilha Dentada; Lu.Ca; Fogo Lento/CAMPO; Sekoia;
Casa Varela; CRL-Central Elétrica, Teatro Municipal do Porto.
Parcerias: Associação de Pais da Escola do Campo 24 de Agosto; Galeria da
Biodiversidade do Porto, Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço; Colégio Nossa
Senhora de Lourdes; Escola básica Bom Sucesso.
Agradecimentos: Cristiana Vieira, José Manuel Grosso Silva, Maria João Fonseca, Paulo
Pereira, grupo de investigação do IA “ Deteção e caracterização de outras Terras” Marta
Cortesão, Afonso Mota, Isabel Sousa, Barbara Soares e Jennifer Peralta e Nuno Santos.
Não só o nosso intestino e as nossas pestanas são habitadas por bactérias e simbiontes animais, se olhares no parque os simbiontes são omnipresentes. Os trevos e as ervas daninhas têm bolinhas nas suas raízes. São bactérias que fixam o nitrogénio, essenciais para o crescimento saudável num terreno pobre em nitrogénio. E olha para as árvores, até trezentos diferentes simbiontes fúngicos, as micorizzas que notamos como cogumelos, entrelaçam-se com as raízes.
Somos simbiontes num planeta simbiótico, e se prestamos atenção, podemos encontrar simbiosi em todo o lado.“ Lynn Margulis, The symbiotic planet
Este espetáculo faz parte de um projeto de pesquisa e criação que começou em 2023 e incluiu muitas atividades e reflexões com crianças e pesquisadores da Galeria de Biodiversidade do Porto e do Planetário.
Em 2026 além de circular com o espetáculo, vamos criação uma performance/oficina para salas de aulas, a partir da pesquisa desenvolvida.
Para mais informaçõs contactem-nos:
mail: fogolento.cultural@gmail.com telefone: 915951342(Costanza Givone)
As fotos presentes nesta página são de Pedro Sardinha e foram tiradas no FIMP 2025.












