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PROJECTO (DES)MONTAR

Dia 4 de Setembro de 2021 abrimos as portas do CAMPO (Centro periférico de
contaminação entre arte, ciência e ambiente). Neste espaço situado na periferia de Gaia,
a Associação Cultural Fogo Lento pretende apoiar e divulgar a pesquisa e criação
transdisciplinar com foco nas práticas artísticas que proporcionam uma relação física e
sensorial com a realidade. Acreditamos que “a aventura de estar perto das coisas do que
o mundo é feito” (Annie Albers, Black Mountain College), a relação com o corpo e os
materiais, assim como o estudo de práticas artesanais, que estão na origem do trabalho
criativo, desenvolvem a capacidade de análise e reflexão, a criatividade e a capacidade
de resolução de problemas.
Neste ano, graças ao apoio financeiro do Garantir Cultura e a uma equipa extraordinária,
começamos a trabalhar em duas direcções: abrir o espaço à reflexão e criação artística,
acolhendo e partilhando o trabalho de artistas transdisciplinares; desenvolver a
relação com a comunidade, começando a criar uma rede de contactos na área e
convidando os artistas em residência a dinamizar oficinas para jovens e crianças.
Estiveram em residência artística no CAMPO:
Sara Vieira Marques (Bolsa Estrume), João Alves e Nuno Oliveira, Ana Torrie e Costanza
Givone, Henrique Apolinário, Bruno Pereira, Eunice Abranches d'Aguia, João Soares, Raquel Lima, Tito Silva, Henrique Fernandes.
Colaboraram no projecto:
Ana Madureira e Vahan Kerovpyan, Irina Pereira, Miguel Carneiro, João
Vladimiro, Julius Gabriel & Benjamin Whitehill, João Ricardo, Jorge Quintela, Nuno Guedes, Rafael Maia, Sofia Arriscado, Marta Bernardes e Francisca Lacerda.

As dificuldades não faltaram — sobretudo por causa das limitações criadas pela
pandemia — no entanto, foi um ano importantíssimo para perceber os pontos de força e
de fragilidade do espaço e para criar uma comunidade de sócios e colaboradores
envolvida e desejosa de ver este espaço vivo e activo.
Dia 22 de Maio promovemos o último evento do projecto (Des)montar, para partilhar com
a população o percurso feito até agora e reflectir sobre o futuro.

Resumindo, ao longo do ano, apoiamos 5 residências artísticas e ainda apoiamos a finalização de um filme-espetáculo, tendo assim na totalidade apoiado 6 novas criações que envolveram 12 artistas. Além destes artistas, mais 11 foram envolvidos nos eventos maiores (abertura e fecho do projecto). Duas das residências foram escolhidas através de uma candidatura aberta, para garantir a diversidade e permitir acesso a artistas emergentes. As restantes foram por convite, tendo atenção em apoiar artistas com experiência e qualidade, que não faziam parte de entidades apoiadas pelo Estado e que tinham condições precárias de trabalho. Estes artistas tiveram espaço, tempo e uma contribuição económica, para poderem criar os seus projectos, experimentar novas formas artísticas e transmitir conhecimento a outros, numa envolvente natural cuidada e viva. 

Conseguimos descentralizar a oferta cultural e fomentar a actividade cultural na área envolvente, uma zona com pouca oferta, graças a uma programação de actividades mensal. Foi feito um enorme esforço pelo contacto com a comunidade local, seja contacto directo, através de entidades locais, ou mediante distribuição de flyers mensais com programação nos principais pontos da freguesia.  Conseguimos oferecer às crianças e jovens um conjunto de actividades de aproximação às artes (especificamente para este público-alvo apresentamos 1 espetáculo e 6 oficinas, que envolveram, na totalidade, a volta de 100 crianças), ao mesmo tempo que estão numa envolvente natural, criando novas oportunidades e espaços de apresentação de trabalho artístico, numa zona com escassa oferta cultural. 

Ainda construímos as bases para tornar o espaço CAMPO um centro de criação focado na criação transdisciplinar, de referência e importância nacional e esperamos, no futuro, também internacional.  

Para dar continuidade ao projecto criamos o espaço P.O.R.T.A. (plataforma online de reflexão transdisciplinar, artística e não só), que lançamos com três textos e que será alimentado nos próximos meses pelos novos artistas que serão acolhidos no espaço. Os associados da Fogo Lento passaram de 9, antes do início do projecto, a 117 associados que frequentam regularmente as suas actividades.

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