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Praticas de aborrecimento

Fruto da pesquisa e do dialogo com artistas de diferentes áreas, estas práticas nascem da necessidade de desacelerar, mudar o ponto de vista, estimular a nossa criatividade reativando a capacidade de parar, observar, desviar, criar ligações inesperadas.

O estudo das redes de micélio que põem em comunicação as arvores, levou-me a procurar métodos para reativar o contato com o que e quem nos rodeia. Para isso é preciso sermos intimamente revolucionários, estarmos disponíveis para sair do caminho pre-estabelecido, reativarmos a escuta, a observação, a capacidade de criar Micorrizas (do grego mykes: cogumelo, rhiza: raiz, associação simbiótica entre uma planta verde e um fungo) ou seja estimularmos o encontro entre realidades diferentes, favorecendo a partilha e a troca.

Estas práticas não têm uma forma sempre igual, mas têm em comum os objetivos e as premissas teóricas. Nascem após um período de residência no lugar onde são sucessivamente partilhadas e são construídas a partir da relação com o lugar e as pessoas que o habitam.   Podem concretizar-se num percurso, um passeio, uma oficina, uma troca de cartas...

Dia 23 de Setembro

Práticas de aborrecimento no CAMPO com Costanza Givone

O percurso proposto no espaço CAMPO foca-se na desaceleração e na criação de uma relação com o ambiente que nos rodeia. Umas cordas e umas tábuas de xisto convidam os visitantes a passear e observar o CAMPO de diferentes perspetivas. Andar, deitar, procurar, ouvir, sujar as mãos são entre as ações propostas e no fim, a volta de uma mesa cheia de barro uma escultura coletiva vai sendo moldada por quem por aí passar.  

Para a construção deste percurso agradeço em particular as contribuições de Aija Repsa, Joana Gama, Henrique Fernandes.

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