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FOGO LENTO

foto de Willian Ferreira

Micorrizas

​Sinopse

“Quando tu olhas para a floresta, ela olha de volta para ti. 

Debaixo dos nossos pés há uma rede subterrânea, uma conversa subterrânea que está a acontecer neste exato instante. Se aproximares o teu rosto do chão, das folhas, dos fungos, das sementes, dos restos em decomposição, poderás ouvir parte desta conversa. Ela diz respeito a ti também”


Uma performance participativa para mergulharmos no ventre da terra, onde o micélio tece as suas redes.

 

“Micorrizas" é um espetáculo participativo e imersivo, que explora a relação entre o indivíduo e o coletivo através do estudo do comportamento do micélio e das suas associações com as plantas. Um passeio ao ar livre, onde o canto acompanha a observação do ambiente ao redor, leva o público a um espaço interior: um mundo subterrâneo onde os espectadores são abraçados pela trama polifónica do micélio.

Ficha artística

Coordenação artística e interpretação: Costanza Givone; Composição musical e interpretação: Clélia Colonna; Interpretação: Jo Da Silva; Espaço cénico e imagem: Svenja Tiger; Texto: Alex Cassal; Luz: Rui Azevedo; Som: João Guimarãe; Produção executiva: Margarida Fragueiro; 

Produção: Fogo Lento; Residências artísticas: CAMPO/Fogo Lento; CRL Central Elétrica; Art'Imagem/Quinta da Caverneira; Cine-teatro de Alcobaça; Convento dos Capuchos de Almada; Biblioteca de Marvila; CEA Moita; Cine-teatro São João de Palmela; Cine-teatro Municipal João Mota de Sesimbra.

 

Uma coprodução Artemrede com os Municípios de Alcobaça, Almada, Lisboa, Moita, Palmela e Sesimbra no âmbito do Programa de Coproduções Artemrede 2024-25.

Parceiro Institucional: República Portuguesa - Cultura | Fundo de Fomento Cultural

Descrição


Palavras-chaves: ligações, coletivo, micélio, polifonia

"Micorrizas" faz parte de um projeto de investigação e criação de três anos sobre a relação entre o indivíduo e o coletivo. O estudo do comportamento do micélio e das associações mutualistas é o ponto de partida para uma investigação que vê na comunicação e na troca a sua maior força. O micélio, aparato vegetativo dos fungos, tece no subsolo uma densa rede de hifas. À medida que cresce, o seu corpo liga-se às raízes das árvores, criando relações simbióticas chamadas micorrizas. Através delas transporta informações e distribui nutrientes às plantas, com base na disponibilidade no terreno. O micélio é capaz de fazer escolhas sem ter uma estrutura centralizada. Parece agir de forma "inteligente"( do latim inter-legere: escolher entre), sem cérebro, sem corpo, nem centro. O comportamento do micélio é muito inspirador, tanto porque revela um mundo subterrâneo muito ativo, como porque nos ajuda a pensar em outros tipos de inteligência e formas de cooperação e comunicação.

Neste projeto, as artistas envolvidas cruzam o estudo da biologia do reino dos fungos, com práticas artísticas como o coro polifónico e a tecelagem. Desenvolveram diferentes práticas baseadas no movimento, no canto, nas artes visuais e nos têxteis para criar um espetáculo que envolve os espectadores e os convida a uma participação ativa através do movimento, do canto e da criação de relações de proximidade.

O público torna-se parte de um coletivo onde a ação de cada indivíduo tem um impacto no todo.
A performance funciona como um organismo vivo que abraça a singularidade do momento e do grupo de pessoas presentes.

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